Sociedade Indígena Bororo
sábado, 19 de maio de 2012
Cerimonia fúnebre de índios Bororo
Imagem disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Kuhnert,_Wilhelm._Tetenfeier_der_Boror%C3%B3-Indianer_%28Zentralbrasilien%29.jpeg>
Acesso em: 16 de mai. de 2012.
Sociedade indígena Bororo
Os Bororos são indígenas brasileiros do estado do Mato Grosso e também é o nome da língua falada por essa tribo. Seu tronco linguístico é o Macro-Jê, autodenominada Boe. Os Bororo também são conhecidos pelos nomes de "Coroados" ou "Parrudos".
O nome Bororós é na verdade um nome dado pelo homem branco. Nome esse surgido quando os exploradores perguntaram qual o nome da tribo e o indígena teria entendido o nome do local onde estavam, e eles estavam no Bororó = Pátio da Aldeia.
Os antigos bororos distribuíam-se por extensa região, compreendida entre a Bolívia, a oeste; o rio Araguaia, o rio das Mortes, ao norte; e o rio Taquari, ao sul.
Os bororos ocidentais, extintos no fim do século passado, viviam na margem leste do rio Paraguai, onde os jesuítas espanhóis fundaram missões. Muito amigáveis, serviam de guia aos brancos, trabalhavam nas fazendas da região e eram aliados dos bandeirantes. Desapareceram como povo tanto pelas moléstias contraídas quanto pelos casamentos com não índios.
Os bororos orientais habitavam tradicionalmente vasto território que ia da Bolívia, a oeste, ao rio Araguaia, a leste e do rio das Mortes, ao norte, ao rio Taquari, ao sul. Ao contrário dos bororo ocidentais, eram citados nos relatórios dos presidentes da província de Cuiabá como nômades bravios e indomáveis, que dificultavam a colonização. Foram organizadas várias expedições de extermínio. Estimados na época em dez mil índios, os bororos sofreram várias guerras e epidemias, com uma história de muita resistência ao avanço das frentes e expansão de territórios, até sua pacificação, no fim do século XIX, quando foram reunidos nas colônias militares de Teresa Cristina e Isabel e estimados pelas autoridades em cinco mil pessoas. Entregues aos salesianos para catequese, em 1910, os bororos somavam dois mil índios. Em 1990, com uma população de aproximadamente 930 pessoas, vivem no estado do Mato Grosso.
Essa sociedade obedece a uma organização social rígida. A aldeia é dividida em duas partes – "exare" e "tugaregue" – que, por sua vez, se subdividem em clãs com deveres muito bem definidos. Eles reconhecem a liderança de dois chefes hereditários que sempre pertencem à metade exare, conforme determinam seus mitos. Dentro de cada clã há uma comunhão de bens culturais (nomes, cantos, pinturas, adornos, enfeites, seres da natureza) que só podem ser usados pelos membros desse determinado clã, a não ser que este direito seja participado a outras pessoas em "pagamento" por favores recebidos.
Praticam diversos rituais como:
O nome Bororós é na verdade um nome dado pelo homem branco. Nome esse surgido quando os exploradores perguntaram qual o nome da tribo e o indígena teria entendido o nome do local onde estavam, e eles estavam no Bororó = Pátio da Aldeia.
Os antigos bororos distribuíam-se por extensa região, compreendida entre a Bolívia, a oeste; o rio Araguaia, o rio das Mortes, ao norte; e o rio Taquari, ao sul.
Os bororos ocidentais, extintos no fim do século passado, viviam na margem leste do rio Paraguai, onde os jesuítas espanhóis fundaram missões. Muito amigáveis, serviam de guia aos brancos, trabalhavam nas fazendas da região e eram aliados dos bandeirantes. Desapareceram como povo tanto pelas moléstias contraídas quanto pelos casamentos com não índios.
Os bororos orientais habitavam tradicionalmente vasto território que ia da Bolívia, a oeste, ao rio Araguaia, a leste e do rio das Mortes, ao norte, ao rio Taquari, ao sul. Ao contrário dos bororo ocidentais, eram citados nos relatórios dos presidentes da província de Cuiabá como nômades bravios e indomáveis, que dificultavam a colonização. Foram organizadas várias expedições de extermínio. Estimados na época em dez mil índios, os bororos sofreram várias guerras e epidemias, com uma história de muita resistência ao avanço das frentes e expansão de territórios, até sua pacificação, no fim do século XIX, quando foram reunidos nas colônias militares de Teresa Cristina e Isabel e estimados pelas autoridades em cinco mil pessoas. Entregues aos salesianos para catequese, em 1910, os bororos somavam dois mil índios. Em 1990, com uma população de aproximadamente 930 pessoas, vivem no estado do Mato Grosso.
Essa sociedade obedece a uma organização social rígida. A aldeia é dividida em duas partes – "exare" e "tugaregue" – que, por sua vez, se subdividem em clãs com deveres muito bem definidos. Eles reconhecem a liderança de dois chefes hereditários que sempre pertencem à metade exare, conforme determinam seus mitos. Dentro de cada clã há uma comunhão de bens culturais (nomes, cantos, pinturas, adornos, enfeites, seres da natureza) que só podem ser usados pelos membros desse determinado clã, a não ser que este direito seja participado a outras pessoas em "pagamento" por favores recebidos.
Praticam diversos rituais como:
- a "Festa do Milho", para celebrar a colheita do cereal, que é um alimento importante na nutrição dos índios;
- a "Perfuração de Orelha e Lábios";
- o "Ritual do Funeral", uma celebração sagrada para todos que se consideram índios.
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